quarta-feira, 16 de março de 2011

Pra começar o dia rindo!

Gentem!!!
Morri de rir deste texto e vou compartilhá-lo!
Lembrei da minha mãe comigo e já me imagino com a Bia!!!


"O grande segredo de todas as mulheres com relação aos banheiros é que, quando pequenas, quem as levava ao banheiro era sua mãe. Ela ensinava a limpar o assento com papel higiênico e cuidadosamente colocava tiras de papel no perímetro do vaso e instruía: "Nunca, nunca, sente em um banheiro público!" E, em seguida, mostrava "a posição", que consiste em se equilibrar sobre o vaso numa posição de sentar sem que, no entanto, o corpo entre em contato com o vaso. "A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, super importante e necessária, e irá nos acompanhar por toda a vida.

Quando você TEM que ir ao banheiro público, encontra uma fila de mulheres, que faz você pensar que o Brad Pitt deve estar lá dentro. Você se resigna e espera, sorrindo para as outras mulheres que também estão com braços e pernas cruzados na posição oficial de "estou me mijando".

Finalmente, chega a sua vez.

Você, então, verifica cada cubículo por baixo da porta para ver se há pernas. Todos estão ocupados. Finalmente, um se abre e você se lança em sua direção quase puxando a pessoa que está saindo. Você entra e percebe que o trinco não funciona [nunca funciona]; não importa... você pendura a bolsa no gancho que há na porta e, se não há gancho [quase nunca há gancho], você inspeciona a área... o chão está cheio de líquidos não identificados e você não se atreve a deixar a bolsa ali, então você a pendura no pescoço enquanto observa como ela balança sob o teu corpo, sem contar que você é quase decapitada pela alça porque a bolsa está cheia de bugigangas.

Mas, voltando à porta...

Como não tinha trinco, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto, com a outra, abaixa a calcinha com um puxão e se coloca "na posição". Alívio... Aahhhhhh... finalmente. Aí, é quando os músculos começam a tremer... Porque você está suspensa no ar, com as pernas flexionadas e a calcinha cortando a circulação das pernas, o braço fazendo força contra a porta e uma bolsa de 5kg pendurada no pescoço. Você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o assento, nem de cobrir o vaso com papel higiênico. No fundo, você acredita que nada vai acontecer, mas a voz da sua mãe ecoa na sua cabeça "jamais sente em um banheiro público!" e, assim, você mantém "a posição" com o tremor nas pernas...

Você procura o rolo de papel higiênico, maaassss, $#!&*$%##$&...! O rolo está vazio... [sempre]! Então, você pede aos céus para que, nos 5kg de bugigangas que carrega na bolsa, haja pelo menos um miserável lenço de papel. Mas, para procurar na bolsa, é preciso soltar a porta. Você pensa por um momento, mas não há opção... E, assim que solta a porta, alguém a empurra e você tem que freiá-la com um movimento rápido e brusco, enquanto grita: TEM GENTE!!! Aí, você considera que todas as mulheres esperando lá fora ouviram o recado e você pode soltar a porta sem medo, pois ninguém tentará abrí-la novamente [nisso, nos respeitamos muito] e você pode procurar teu lenço sem angústia.

Você gostaria de usar todos, mas lembra quão valiosos são em casos similares e guarda um, por via das dúvidas. Você, então, começa a contar os segundos que faltam para sair dali. É incrível o calor que faz nestes lugares tão pequenos, ainda mais nessa posição de força, que parece que as coxas e panturrilhas vão explodir. Sem falar da porrada que você levou da porta, a dor na nuca pela alça da bolsa, o suor que corre da testa, as pernas salpicadas de xixi. E a lembrança de sua mãe, que estaria morrendo de vergonha se a visse assim, porque sua bunda nunca tocou o vaso de um banheiro público e porque, francamente, "nunca se sabe que doenças você pode pegar ali"... você está exausta.

Ao ficar de pé, você não sente mais as pernas. Você acomoda a roupa rapidíssimo e tira a alça da bolsa por cima da cabeça! Você, então, vai à pia lavar as mãos. Está tudo cheio de água e você não pode soltar a bolsa nem por um segundo. Você a pendura num ombro e, não sabendo como funciona a torneira automática, você a toca, até que consegue fazer sair um filete de água fresca e estende a mão em busca de sabão. Você se lava na posição do corcunda de Notre Dame, para não deixar a bolsa escorregar para baixo do filete de água... O secador, você nem usa. É um traste inútil e você seca as mãos na roupa, porque nem pensar usar pra isso o último lenço de papel que sobrou na bolsa.

Você, então, sai. Sorte se um pedaço de papel higiênico não tiver grudado no sapato e você sair arrastando-o ou, pior, a saia levantada, presa na meia-calça que você teve que levantar à velocidade da luz e te deixou com a bunda à mostra! Nesse momento, você vê o carinha que entrou e saiu do banheiro masculino e ainda teve tempo de sobra para ler um livro enquanto esperava por você.

__ Por que demorou tanto? [pergunta o idiota]

__ A fila estava enorme... [você se limita a responder]

E esta é a razão porque nós, as mulheres, vamos ao banheiro em grupo: por solidariedade, já que uma segura a sua bolsa e o casaco, a outra segura a porta e, assim, fica muito mais simples e rápido, já que você só tem que se concentrar em manter "a posição" e a dignidade."(Caroline Costa Bernardo)

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