quinta-feira, 5 de julho de 2012

O Construtivismo

Quando começamos a busca por uma escola para os nossos filhos, acredito que a maior interrogação que apareça seja: PROPOSTA PEDAGÓGICA E AFINS!

Eu num entendia naaaaaaaaaaaaaaaada disso e, na verdade, continuo entendendo quase nada...
Mas acredito que temos que tentar nos identificar com alguma delas nesse processo de escolha, pois a Escola precisa andar bem juntinho com a Casa!

Então... pra falar um poquinho sobre isso, convidei a Mirinha! Ela é uma querida, pedagoga e professora de Educação Infantil!

Inicio essa jornada pelo Construtivismo!
Vamos lá?


Uma perspectiva construtivista

Depois de IVO VIU A UVA, ninguém mais acreditava que surgiria outra forma de alfabetizar e ter resultados satisfatórios dentro da escola. Porém esta ideia foi por terra quando surgiu e ouviu-se falar do Construtivismo, que é o nome pelo qual se tornou conhecida uma nova linha pedagógica que vem ganhando terreno nas salas de aula há pouco mais de uma década. As maiores autoridades do construtivismo, contudo, não costumam admitir que se trate de uma pedagogia ou método de ensino, por ser um campo de estudo ainda recente, cujas práticas, salvo no caso da alfabetização, ainda requerem tempo para amadurecimento.

Em linhas gerais a corrente Construtivista propõe que o aluno participe ativamente do próprio aprendizado, mediante a experimentação, a pesquisa em grupo, o estímulo à dúvida e o desenvolvimento do raciocínio, entre outros procedimentos. Rejeita a apresentação de conhecimentos prontos ao estudante, como um prato feito, e utiliza de modo inovador técnicas tradicionais como, por exemplo, a memorização. Daí o termo "construtivismo", pelo qual se procura indicar que uma pessoa aprende melhor quando toma parte de forma direta na construção do conhecimento que adquire. O construtivismo enfatiza a importância do erro não como um tropeço, mas como um trampolim na rota da aprendizagem. O construtivismo condena a rigidez nos procedimentos de ensino, as avaliações padronizadas e a utilização de material didático demasiadamente estranho ao universo pessoal do aluno.

No processo de aprendizagem, os adultos (pais, professores, educadores, etc.) são mediadores entre os conhecimentos e a criança. A figura do professor, no entanto, adquire grande importância, porque boa parte do processo de aprendizagem das de acontece num marco de ensino formal: a escola.
Sob a perspectiva construtivista, é difícil definir, em poucas palavras, a função que corresponda aos professores, mas parece-nos que pode afirmar que a função básica do professor ou da professora, diante de seu grupo de alunos, é facilitar as diferentes aprendizagens que estes devem enfrentar.

Quais seriam as ações dos professores para realizar essa função? Resumirei assim: 
 
  • Promover situações de interação professor-aluno, aluno-aluno e alunos - outros adultos, porque a aprendizagem somente é possível com a interação;
  • Fomentar a participação dos alunos;
  • Proporcionar as condições necessárias para que o aluno possa ser autônomo, críticos e respeitosos com os conhecimentos; 
  •  Fazer com que os alunos se sintam protagonistas de sua própria aprendizagem; 
  • Ter presente que os erros da criança são etapas de seu processo evolutivo; 
  • Criar situações que estimulem a curiosidade, a iniciativa e a interação e buscar situações de aprendizagem que tenham sentido para os alunos; 
  •  Adequar-se às características da classe e do grupo levando em consideração os estágios de desenvolvimento em que se encontram e seus conhecimentos prévios;
  • Trabalhar entre o que a criança é capaz de aprender e fazer sozinha, e o que é capaz de aprender e fazer com a ajuda de outros; 
  • Propor desafios de aprendizagem que possam ser assumidos pelos alunos; 
  • E, no caso concreto da linguagem, estar consciente de que as produções lingüísticas são modelos de língua para os alunos.

Em uma escola construtivista, para que a aprendizagem seja significativa, as crianças devem poder relacionar as aprendizagens novas com os conhecimentos prévios, ou seja, juntar o que é formal com o conhecimento que cada criança traz com ela de fora da escola.


 Miriene Alves é professora da Educação Infantil em Itabira

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